Pular para o conteúdo

Um plano de salvação para o mundo

Quando olhamos a história de Abraão, em Gênesis, vemos claramente que Deus tem um plano de salvação para o mundo.​Logo depois da narrativa do Dilúvio, Abraão é apresentado como um homem de fé, modelo para nós. No Novo Testamento, ele é chamado de pai de todos os que creem (Rm 4.11,12) e em Gálatas somos chamados de filhos de Abraão (Gl 3.7).​

Não podemos perder de vista, que nas narrativas da Queda e do Dilúvio (Gn 6 a 9) e a dispersão em Babel (Gn 10,11), a graça salvadora de Deus é revelada de forma explícita. O mandamento de Deus ao primeiro casal no jardim incluía a advertência de que o pecado traria a morte (Gn 2.17); mas quando Adão e Eva transgrediram a ordem, ocorreu que, o Senhor fez a promessa de dar continuação da vida e a irreversível derrota da serpente (Gn 3.15,16).​

Quando ocorreu o Dilúvio a maravilhosa graça de Deus (Gn 6.8)já havia alcançado e separado um homem e sua família para a salvação (Gn 6.17). Entretanto, em Babel, a semente da serpente parece que está prevalecendo mais uma vez na terra ao se organizar, para fundar um império sem Deus. Onde está a graça? Onde estão os sinais de esperança? Ao olharmos para a genealogia do capítulo 11, a graça e a fidelidade de Deus está presente; a continuidade ao seu plano de salvação através do remanescente, a semente da mulher.

Podemos perceber o seguinte: Primeiro, ela volta até antes do colapso de Babel, ao novo começo com Noé, traçando a descendência de Sem. Segundo, ela transpassa oito gerações (de Sem até Naor, Gn 11.10-24), das quais nada é relatado, até que aparece um homem desconhecido, chamado Terá, o qual tinha um filho chamado Abrão (Gn 11.26,27-30) – a quem o Senhor diria, “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3), ou seja, entrarão na benção redentora de Deus. Desta forma a história de Babel revela a graça e a esperança.​A humanidade arruinou-se mergulhada no pecado, mas o Senhor revelou seus planos redentores (em Noé e Sem), antes que o terrível pecado de Babel fosse cometido.

Portanto, o livro de Gênesis foca quase que exclusivamente em Abraão e seu chamado missionário, junto com sua família, para nos ensinar que o mundo seria restaurado da maldição (Gn 3.14-20) e das separações (Gn 11.9) causadas pelo pecado, através do descendente da mulher, que esmagaria a cabeça da serpente, a saber, Jesus Cristo.

Rev. Wilson Penalva