Os seguidores de Jesus eram chamados de discípulos. Nos tempos de Jesus a relação entre mestre e discípulos era algo bem recorrente. Se você quisesse se tornar um mestre da Lei, você teria de estudar a vida inteira a fim de ser qualificado. E depois, você ainda teria de encontrar um mestre renomado e provar a ele que vale a pena ter você como discípulo. Contudo, o discipulado de Jesus era de um tipo bem diferente. Ele não se parecia com os mestres de seu tempo, nem com as celebridades de hoje em dia que atraem tantos “seguidores”. Em que o discipulado de Jesus era diferente?
𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗵𝗲 𝗼𝘀 𝘀𝗲𝘂𝘀 𝗱𝗶𝘀𝗰𝗶𝗽𝘂𝗹𝗼𝘀. Enquanto era dever dos aprendizes daquela época escolher um mestre para si, Jesus era quem tomava a iniciativa de escolher os seus discípulos (Mc 1.17; Mt 4.19; Lc 9.49; Jo 1.43). E enquanto os aprendizes da época tinham de provar aos mestres que eram qualificados, Jesus escolhia pessoas que, aparentemente, não tinham a menor qualificação (Mt 9.9). Do mesmo modo, é ele quem nos chama soberanamente, sem sermos qualificados para a posição de discípulos.
𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗲𝘅𝗶𝗴𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗼𝗺𝗲𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝘁𝗼𝘁𝗮𝗹. Os discípulos de Jesus não eram comprometidos tão somente com uma causa, uma ideia ou filosofia, mas com a pessoa de Jesus. Esse comprometimento envolve uma obediência que vai além daquela que os professores exigiam de seus alunos (Mc 14.12). Eles deveriam estar dispostos a amá-lo mais que a outros (Mt 10.37), a abandonar tudo por amor a ele (Lc 14.25-31), a sofrer por causa dele (Mt 10.17; Jo 15.18) e a servi-lo como servos do Senhor (Mt 24.45). Os discípulos deveriam até mesmo abrir mão até mesmo de coisas lícitas por obediência à Jesus (Mt 8.21-22).O verdadeiro discípulo cumpre os seus mandamentos (Jo 8.31; 13.34-35). Do mesmo modo, nós devemos nos comprometer radicalmente com Jesus. Às vezes, isso nos levará a conflitos com a família e com o mundo ao nosso redor (Mateus 10.34–39). Às vezes, seguir a Jesus nos levará direto ao sofrimento (Mt 8.18, 23-27). Mesmo assim, confiamos no nosso Senhor, sabendo que ele tem toda a autoridade, e então servimos a ele como seus servos.
Sendo assim, quem é capaz de tornar-se discípulo? A resposta é: ninguém, a não ser aqueles a quem Ele escolheu. Tal como ele chamou Mateus, o publicano (Mt 9.9), ele chama eu e você a sermos seus seguidores radicais. Não somos qualificados, mas ainda assim devemos responder ao chamado com um comprometimento total, amando mais a Cristo, obedecendo a ele prontamente e estando dispostos a sofrer por amor a Ele, a fim de que Ele seja glorificado por meio de nossas vidas!
𝗥𝗲𝘃. 𝗪𝗲𝗶𝗻𝗻𝗲 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀